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Segunda-feira, 11 DE Outubro DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 14º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 14º Capítulo

 

*Fevereiro*

 


Ping, ping, ping.
O barulho das gotas de chuva a baterem na copa das árvores começava a irritar-me.
Para ser realista, ultimamente havia muito pouca coisa que não me irritava.
Agora, eu estava ainda pior. Tratava mal Esme, Carlisle, Alice, todos os membros da minha família.
Eles insistiam em querer que os fosse visitar e eu passara os meus próprios limites ao cuspir um "Não" derradeiro e ao desligar de imediato o telémovel a Alice sem esperar resposta.
Assim que o fiz, arrependi-me. Desejava ligar-lhe novamente e pedir-lhe desculpas e conversar com ela como antigamente, contar-lhe tudo. Como me sentia ultimamente, como ela me fazia falta, como eu gostava dela.
Alice sempre fora uma espécie de...porto de abrigo.
Ela não me podia oferecer qualquer tipo de protecção a nível físico, era mais ao contrário, mas proporcionava-me resguardo a um outro nível. Alice era uma verdadeira amiga. Uma verdadeira irmã.
De uma maneira ou de outra, ela sabia sempre quando estava mal, quando havia algo que me preocupava ou quando eu estava tremendamente feliz.
Em qualquer uma das situações, ela olhava-me com uma enorme sorriso, pegava na minha mão e corríamos ambos para longe, longe dali. E assim que eu estivesse preparado, parávamos em qualquer lugar e eu contava-lhe tudo.
Era uma relação que me enchia de alegria. Mas não naquela altura.
Mas logo que ela se apresentou à nossa família, nós fôramos assim. Um companheirismo que nenhum outro membro da nossa família chegava a compreender realmente bem...
De repente, senti uma enorme saudade. Saudades de Alice. Ansiava por poder abraçá-la e ficar ali com ela por horas a fio em silêncio. Num silêncio que transbordava uma amizade profunda, um amor absoluto, mas um amor diferente daquele que ela nutria por Jasper e que eu sentia por...Bella.
Eu tinha sido rude com Alice porque, por muito que eu gostasse dela, não era a sua voz que eu queria ouvir.
Não era o seu rosto que eu queria ver.
Não era o seu sorriso que eu queria admirar.
E não eram os seus olhos que me faziam mais falta.
Eram os dela...os de Bella!
A agonia profunda voltou a atacar-me e, mais uma vez, desejei com todas as minhas forças ter Alice ali para me consolar.
Apesar de ela não ser a rapariga que eu mais amava, era uma delas.
Era minha irmã.
publicado por mrsCullen às 00:01
Segunda-feira, 04 DE Outubro DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 13º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 13º Capítulo

 

*Janeiro*



Quando já não há nada a fazer.
Quando já não há nada a temer nem a recear.
Quando nos sentimos tão perto do abismo e somos demasiado cobardes para dar o passo final.
Quando parece que o nosso Mundo parou de girar e está a ser lentamente derretido pelo Sol.
Quando o céu está cada vez mais perto de nos engolir.
Aí sabemos que está  tudo acabado.
A nossa vida, principalmente. Essa, para mim, já estava acabada há muito tempo.
Há escassos meses eu pensara encontrar-me mergulhado na mais profunda das agonias. Pensava que tudo já tinha descambado, que não havia sofrimento mais doloroso que aquele que eu estava a viver.
Mas agora eu estava pior. Muito pior.
A cada minuto que passava, mais um pouco de mim me era arrancado da pior maneira possível apenas para ser reposto no seu lugar e, quando eu pensava já estar descansado, era novamente torturado, dilacerado, por dentro e por fora.
Por esta altura, não conseguia pensar em mais nada. A minha mente estava a zero, não era capaz de pensar nitidamente.
O mais longe que conseguia ir era estabelecer uma única comparação. Que esta dor era muito mais dilacerante, muito mais agonizante, muito mais...profunda do que aquela que eu sentira segundos após Carlisle me ter mordido e os três dias posteriores a esse.
Nem sequer era justo chamar comparação a algo que não tinha comparação possível. Eu teria aguentado a transformação vezes e vezes sem conta se isso me proporcionasse algum tipo de escape a esta dor.
O futuro que se estendia à minha frente era um enorme vazio. Se eu pedisse a Alice que o tentasse prever ela apenas veria negro. Penumbra e nada mais que isso.
Ouvi o piar de curujas ao longe e alguns passos.
Certamente algum montanhista que se afastara do trilho.
Corri , embrenhando-me ainda mais nas profundezas da densa floresta cor de jade.
Um raio de sol ultrapassou as densas camadas de vegetação e incidiu sobre a minha pele, fazendo-a rebrilhar face à sua luz.
Os passos ficavam cada vez mais longe à medida que corria, mas continuei.
Por precaução, afastara-me o máximo possível de povoações humanas. Eu não estava lúcido e não queria cometer algum deslize.
A pouca consciência que ainda me restava, alertara-me para manter a distância dessa espécie desde o ínicio. O início do meu fim.
Continuei a correr a só parei quando cheguei perto do rio que cortava a meio a floresta.
publicado por mrsCullen às 00:01
Segunda-feira, 27 DE Setembro DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 12º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 12º Capítulo

 

Ela era inteligente. Não demorou muito tempo a perceber que estava a ser perseguida e a acelarar ainda mais a corrida. Mas eu já estava lançado.
Já estava à espera disto há muito tempo. Dela. De a matar apenas por ter tido aqueles pensamentos sobre Bella.
Victoria não sabia que era eu que a seguia. Mas estava lá perto...
Mais cedo ou mais tarde eu apanhá-la-ia e eu próprio arrancar-lhe-ia a cabeça e veria todo o seu corpo a arder em chamas.


***


Já estávamos no Texas.
Uma pequena parte de mim já estava verdadeiramente farta daquilo, mas logo que um pensamento mais...impróprio lhe vinha à cabeça, todo o meu ser voltava à carga.
Andámos nisto durante mais uma boa hora até eu me fartar e a fintar pela direita.
Ela olhou-me e rugiu-me,passando-me pela esquerda como um raio.
No entanto, eu era mais rápido e mais forte. Ultrapassei-a facilmente e alcancei-a com um salto, quando ela tentara escapar novamente.
Agarrei-a pelos ombros e vi uma mancha vermelha e indistinta passar-me pelos olhos assim que ela rodou sobre sim e me atirou contra a árvore mais próxima.
Não cheguei a bater-lhe, aterrei imediatamente no chão e projectei o meu corpo na direcção de Victoria.
Apareci à sua frente sem ela dar por isso e consegui arrancar-lhe oarte do pescoço. Não tinha muito tempo. Se queria destruí-la, era necessário despachar-me.
Pela sua mente, consegui perceber que ela não me queria matar.
Ela pensava que Bella ainda me amava e que, se me matasse, Bella aceitaria morrer também.
Longe de mim dizer-lhe o contrário. O seu sentido de auto-preservação era muito forte, mais cedo ou mais tarde iria fazer de tudo para me matar.
Victoria fugiu novamente e não levou mais do que escassos minutos a regenerar-se e a voltar a correr.
Segui-a contrafeito, demasiado encolerizado para pensar com clareza.
Se queria ser sincero, tinha de admitir a mim próprio que sentia algum receio. Nunca tivera qualquer prática aperfeiçoada em seguir rastos ou em perseguir algum vampiro.
E, até hoje, nunca me preocupara.
Victoria era, de longe, muito melhor do que eu. Continuava a fintar e a fugir e, por várias vezes, tinha a sensação de que estava a seguir pelo caminho errado.
Tentei ultrapassá-la variadas vezes, mas ela esquivava-se para o lado oposto e nunca consegui apanhá-la.



***

América do Sul.
Sem dúvida. Não sabia ao certo em que país, mas era a América do Sul.
A certa altura, senti um rasto tão forte, que tive a certeza de que ia alcançá-la de vez.
Os meus sentidos aguçaram-se e corri ainda mais rápido.
Corri, corri, corri até chegar à praia deserta a que o rasto me levara. EStaquei em frente ao mar e inspirei o ar com força. Uma e outra vez.
Demorei algum tempo a aceitar que ela me tinha enganado.
-Raios! - rugi.
Que fúria! Ela tinha conseguido arrastar-me até ao Brasil com uma falsa pista. E eu caí na armadilha, com a mais profunda das facilidades.
publicado por mrsCullen às 00:01
Segunda-feira, 20 DE Setembro DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 11º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 11º Capítulo

 

 

*Dezembro*



"Noite Feliz,
Noite de amor,
Tocam os sinos (...) "



Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
O ponteiro dos segundos do relógio da torre marcava as horas com um baque ritmado e perfeito.
Cada toque, cada segundo que passava equivalia a uma nova gota de azeite e sal nas minhas feridas.
O cheiro das palhas dos pinheiros queimava-me o nariz.
O aroma das bolachas a sair do forno embrenhava-se no ar.
As cantorias afinadas e felizes embrulhavam delicadamente os flocos de neve numa melodia suave.
E eu apenas sentia vontade de acabar com tudo aquilo.
Para mim, tudo passava de uma farsa encenada apenas para me irritar e me esfregar na cara o estado lastimável em que me encontrava, como se fosse um espelho polido e brilhante.
O maldito aparelho que repousava no meu bolso direito tremia com violência, há cerca de duas horas que não parava.
Certamente que era Alice ou Esme.
Peguei nele e atirei-o com violência contra à árvore mais próxima. Desfez-se em mil pedaços que aterraram no chão com um baque surdo e inaúdivel aos ouvidos menos sensíveis.
Já estava farto daquilo, da vida monótona que levava...mas a dor entorpecia-me e colava-me os músculos uns aos outros. Não me dava qualquer hipótese de movimento.
Só me restava continuar à deriva...num mar de sofrimento indolente.


***



Um cheiro familiar chamou-me a atenção. Era um cheiro doce, característico de um...vampiro.
Conhecia aquele odor de algum lado. Não era nenhum membro da minha família, o que me deixou menos alerta. Mas irritava-me não saber qual a origem do sentimento de reconhecimento.
Comecei por seguir o rasto sem grandes cuidados. O mais certo era tratar-se de qualquer um nómada da nossa espécie mas, ao menos, teria algo para me desviar a atenção.
Por esta altura, qualquer tipo de distracção era bem-vinda, desde que me afastasse durante o mais mísero milésimo segundo da dor agonizante.
Comecei a correr. Enfiei-me pelo mato seco para não ser visto por nenhum humano.
Quem quer que fosse, deslocava-se a toda a velocidade, mas ainda não tinha percebido que estava a seguir no seu encalço. Pelo menos, a sua mente não dava mostras disso.
Continuei a correr, mas vi-me obrigado a acelarar cada vez mais o passo. Ele ou ela corria demasiado depressa.
O odor tornava-se cada vez mais familiar e, de repente, fui envolvido numa espiral de recordações...
Bella...na clareira, com a minha família...James...Laurent...Victoria.
Victoria!
Ela...ela andava atrás de Bella! Queria matá-la...era nisso que a sua mente se concentrava a fundo...nas formas de poder...acabar com ela.
De maneiras torturantes. Para o vingar. Àquele sádico do James.
Companheiro por companheiro.
Um rugido atroador surgiu da minha garganta e não demorou muito até a corrida se transformar numa perseguição a fundo.

publicado por mrsCullen às 00:02
Segunda-feira, 13 DE Setembro DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 10º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 10º Capítulo

 

 

*Setembro*


*Outubro*


*Novembro*

 


A felicidade e o tempo são coisas estranhas, quando estão conjugadas na mesma frase.
Às vezes, estamos tão felizes que desejamos com todas as nossas forças que a nossa vida nunca acabe.
Estamos tão felizes que cada batida do coração, cada fôlego, cada toque de quem nós amamos vale por mais do que mil pedras preciosas.
Estamos de tal modo realizados, que nem sequer nos apecebemos do que se passa à nossa volta.
No entanto, por vezes somos tão miseráveis que só desejamos que nos matem.
De quando em vez, um barulho desperta a nossa atenção e desvia-nos dos nossos fins, apenas por nos fazer pensar que pode ser algo diferente.
No estado em que eu me encontrava naquele momento, o que eu mais queria era uma morte rápida e indolor.
Eu parecia um selvagem, um vagabundo por entre mundos estranhos.
Tudo o que me rodeava era demasiado nítido, exageradamente definido.
A minha atenção era projectada para todo e qualquer ruído que pudesse indicar presença.
A minha mente navegava livremente, voando para recantos escondidos por entre as árvores e a terra batida.
Lembrava-me frequentemente, a toda a hora, do seu cheiro. Do seu rosto. Da sua voz.
De tudo. E tudo à minha volta me fazia lembrar dela. A sua presença estava marcada por toda a parte.
A água da chuva produzia o seu nome em melodias suaves ao bater nos troncos secos e ressequidos das árvores.
Bella...Bella...Bella.
Soava como uma melodia triste, doce e dolorosa.
A batida ritmada das asas dos pássaros que voavam livremente sob o céu correspondia quase na perfeição à batida do seu coração.
O brilho leve do Sol ao embater na camada fluida do rio pintava o sorriso resplandecente do seu rosto.
E de cada vez que algo acontecia, a agonia profunda continuava a espezinhar-me em direcção ao fundo do abismo.
Imortal.
Talvez tivesse acraditado nisso até certo ponto. Até certa altura. Mas agora, já não.
Não, porque eu conseguia senti-las. As feridas em carne viva que enfeitavam cada milímetro do meu corpo.
Podiam ser invisíveis aos olhos de todos, mas faziam-se sentir. Dolorosa e violentamente.
O sentimento de perda sobrepunha-se aos outros de dor, tristeza, solidão, agonia e ódio.
Quando eu a abandonara, abandonara também o meu coração parado.
Assim que virei costas, tudo o que estava dentro de mim me fora arrancado, mas o espaço não tinha ficado vazio por muito tempo.
Não tinha forças para me mexer. Não sabia ao certo há quanto tempo estaria deitado sob aquele chão verde e húmido. Talvez dois, três, quatro meses.Talvez anos. Não teria dado por isso.
Não caçava há muito, muito tempo. A última vez que o fizera foi dia 13 de Satembro, às seis da manhã.
Quando me preparava para estar com...ela.
As chamas eclodiam na minha garganta, mas a dor era mais profunda que a sede.
Já por várias vezes pensara dirigir-me a Itália, no entanto Alice ter-me-ia visto. E eu não queria magoá-la. Nem ao resto da família.
Tanto quanto me fora dito na semana passada, eles estavam bem e felizes, dentro dos possíveis.
Tentaram novamente convencer-me a ir ter com eles, a viver novamente.
Mas eu não podia aceitar.
Eu estava catatónico, transformado numa autêntica estátua, por dentro e por fora.
Se eles me vissem assim...
Nem queria pensar nisso.
No entanto, não tinha mais nada para pensar.
Tinha arruinado para sempre a minha existência.
Durante os próximos sessenta anos teria de limitar-me a viver em agonia. Mas quando ela deixasse este mundo...eu iria atrás dela.
Sem hesitar.
publicado por mrsCullen às 00:01
Segunda-feira, 06 DE Setembro DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 9º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 9º Capítulo

 

 

-Edward! Edward! Volta, Edward! - a sua voz vinha de muito longe...mas mesmo assim eu conseguia ouvi-la, conseguia sentir os seus passos a correrem numa busca perdida, à procura de algo inalcansálvel...à minha procura.
Acelarei ainda mais e saltei pela janela que dava para o seu quarto. Não tinha muito tempo. Precisava de fazer desaparecer todos os sinais da minha presença na vida dela.
Peguei no CD que lhe oferecera e nos bilhetes dados por Esme e Carlisle.
Abri o seu álbum de fotos e retirei de lá todas as fotos onde figurávamos juntos e aquela que ela me tinha tirado há duas noites. Rasguei a minha parte do retrato e guardei a sua no álbum.
Desci as escadas num milésimo de segundo e escrevi um bilhete a Charlie, fazendo-me passar pela Bella para que ele soubesse onde a encontrar.
Ela perseguiu-me, embrenhara-se demasiado na densa floresta. Se eles não a conseguissem encontrar...deveria ter ido buscá-la, mas ela não podia ver-me novamente. Ainda tinha a cabeça ás voltas por ela ter acreditado em mim com tanta facilidade...como se o tempo que passámos juntos, a altura em que a salvara de James, as vezes que disse que a amava...fosse o mesmo que ter estado quieto e calado a um canto.
A cena da despedida só servira para aumentar a minha dor...não sabia como havia de sobreviver.
Deveria ter dado ouvidos a Alice, quando me implorara que a deixasse despedir-se de Bella. Mas isso não seria bom para ela. Seria péssimo. Tinha de ser uma ruptura radical.
Agora tinha de pensar no futuro que tinha à minha frente.
A minha família estava convencida de que eu iria com eles a algum lado. Tinha de arranjar a melhor maneira de lhes dizer que partiria sozinho, para bem longe daqui.
Ela estava demasiado presente na minha memória. Tinha que fugir.
-Estou pronta. - foi a única coisa que Rosalie disse quando eu entrei em casa. Ignorei a vontade que tinha de a partir aos bocados.
-Edward...-murmurou Esme.- já o fizeste? Já te despediste dela?
Acenei com a cabeça. Alice limitou-se a abraçar-me. A mente dela estava contaminada com uma dor profunda, mas não tão profunda como a minha. Era uma dor diferente, dois tipos diferentes de perda.
Eu acabara de perder o único ser que alguma vez amei desta forma. Acabara de deixar para trás algo por que muitos humanos, ou até mesmo vampiros, lutariam até ao fim. E agora estava vazio, desprovido de emoções. Apenas a dor se ocupava de mim. Todo eu era dor e sofrimento, nada mais que isso.
Apertei Alice nos meus braços e devo tê-la magoado, mas ela não se queixou.  Provavelmente, aquilo que eu sentia formava uma aura em meu redor e todos pareciam senti-la. Jasper lançou-me um olhar horrorizado e percebi logo que ele estava a corrente das minhas emoções.
Não podia deixar que eles se fossem sentir assim para sempre. Não queria que a minha família fosse infeliz por algo que era inteiramente minha culpa.

-Eu não vou convosco. - anunciei.
-Como assim, não vais connosco? - perguntou Esme.
-Não vou interferir com a vossa vida. Quero que sejam felizes.
-Edward, sem ti na nossa família nenhum de nós é inteiramente feliz. Por favor, filho, não faças isto. Já é sufecientemente penoso termos de deixar a Bella. - estremeci. - Por favor, vem connosco.
-Não posso, Carlisle. Já escolhi o meu caminho.
-Edward!
-Por favor, Emmett.
-Por favor, peço-te eu Edward! - Alice falava pela primeira vez. - Não me abandones! Caramba, preciso de ti! És meu irmão! Eu já vi como é que vai ser a tua vida nos próximos tempos! Vais limitar-te a andar por aí, a vaguear, sem destino! Que tipo de vida é essa?
-É a vida que eu escolhi, Alice. Não tornes isto ainda mais difícil do que é. Eu prometo que fico em contacto. Sei todos os vossos números de cor, basta comprar um telemóvel num sítio qualquer e ligo-vos, ou parar numa cabine telefónica.

-E se quisermos ser nós a contactar-te? - perguntou Emmett. - Como é que o fazemos?!
-Não o fazem. Vão estar constantemente a interferir e eu não quero isso. Agora tenho de ir. Gosto muito de vocês. São a minha família e eu amo-vos. Mas vocês não compreendem quão penoso isto é parar mim e eu não quero impingi-vos o meu sofrimento. Jamais faria tal coisa. Adeus.
Desparei como uma flecha na direcção da porta. Corri, sem rumo, sem sentido, sem esperança. Livre. Mas não de tudo.

publicado por mrsCullen às 23:53
Segunda-feira, 30 DE Agosto DE 2010

"Reminescence" - Mariana - 8º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 8º Capítulo

 

 

-Bella. - a minha garganta ardeu como se nela estivesse instalado um metal em brasa. Não devido ao cheiro do seu sangue mas sim ao facto de ter de dizer o seu nome quando estava prestes a...deixá-la. Para sempre. Para o seu próprio bem. - Vem dar uma volta comigo pela floresta.
Ela acenou com a cabeça, afirmativamente. Estava entorpecida com a minha atitude nos últimos dois dias. Por vezes, tinha a ligeira impressão de que ela sabia exactamente o que eu lhe ia fazer. Ou talvez não.
Suspirei profundamente e caminhei à sua frente em direcção à densa floresta verde. Parei a meio caminho do trilho e voltei-me na sua direcção.
A agonia pulsava violentamente dentro de mim e ameaçava deitar-me abaixo ao mínimo reflexo da minha parte. Tentei recompor-me e lembrar-me do bem que lhe faria se eu me fosse embora.
-Bella, nós vamos embora de Forks. - a minha voz saía fria como gelo e cortante como uma navalha. Tentei aligeirá-la. Não queria magoá-la mais do que o estritamente necessário.
Ela surpreendeu-me ao acenar novamente com a cabeça.Parecia pronta, parecia que já...tinha meditado naquilo. Na hipótese de eu a deixar.
-Tenho de pensar nalguma coisa para dizer ao Charlie e tens de dar-me mais alguns dias para arrumar as minhas coisas e para lhe dar a notícia... - a sua voz esmoreceu enquanto olhava para a expressão do meu rosto. Eu não queria acreditar que ela tinha sequer pensado em vir connosco. Comigo, depois de tudo aquilo que eu lhe fizera! Não, não, não. Uma parte demasiado grande e egoísta de mim lutava contra aquela que era consciente e madura. Lutava contra o desejo ardente de aceitar as suas palavras. De pegar nela e levá-la comigo, para longe dali, para estarmos sozinhos. Para toda a eternidade.
Ela continuava a olhar-me fixamente. Não tinha qualquer expressão no seu rosto.
Passados alguns minutos, vi-lhe o primeiro rasgo de emoção, quando compreendeu finalmente a quem eu me referia.

-Quando dizes "nós"...
-Refiro-me a mim e à minha família.
Os seus joelhos começaram a tremes e ela caiu no chão.
-Porquê? - perguntou, num murmúrio de voz.
-As pessoas começam a desconfiar...que nós não envelhecemos. Temos de ir.
Eu mentia demasiado bem.
-Eu quero ir convosco.
Não, não, não. Ela não podia estar a fazer-me isto. Eu tinha que deixá-la...ela não podia estar comigo quando eu a impedia de ter uma vida longa, plena, feliz...humana.
-Bella, eu não sirvo para ti. - e era a mais pura das verdades.
-Não digas isso, Edward! Tu és a pessoa mais indicada para mim. Eu amo-te.

No meu interior travava-se uma das mais épicas batalhas que o Mundo alguma vez vira. Eu precisava de abraçá-la, mas não podia.
Respirei fundo. Estava pretes a cometer o maior erro de toda a minha existência. Nunca, jamais eu me achara capaz de fazer tal coisa. Não desde que a conheci. Mas estava pretes a fazê-lo. Para o bem dela. E era isto, mais do que qualquer outra acção minha, que mostrava o quanto a amava.
-Bella, eu não quero que tu venhas. Tu não serves para mim. - aquelas palavras acertaram em cheio, como uma flecha envenenada, mesmo no coração. No dela e no meu. Naquela preciso instante, em que a dor e o choque lhe tomavam as feições do rosto, senti que me arrancavam o coração do peito. Com força, exagerada força.
Estava na hora. Tinha de ir. No entanto, tinha que ter a certeza de que ela me prometia algo...
-Por favor, não faças nada que ameace a tua vida. Não faças nada estúpido ou perigoso. Pelo Charlie.
Inclinei-me e, por uma última vez, beijei-a na testa.

publicado por mrsCullen às 14:52
Segunda-feira, 23 DE Agosto DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 7º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 7º Capítulo

 

-Edward, não vás embora. É o meu aniversário, quero que fiques comigo. - já não era a primeira vez que ela insistia neste assunto. Não queria magoá-la, mas precisava de ir para casa pensar em condições. E falar com a minha família.
-Tenho que ir, Bella. Dorme, nem vais perceber que não estou aqui.- inclinei-me e beijei-a na testa.
-Até amanhã - disse ela.
-Adeus. - e saltei pela janela, aterrando no chão irregular com um baque surdo. Comecei a correr em direcção a casa, tentando concentrar-me apenas nos pormenores do cenário à minha volta. Não podia dar-me ao luxo de pensar agora. Não aqui. A minha mente não me podia atraiçoar de uma maneira demasiado grave ao ponto de me fazer descambar em direcção a um abismo sem fundo, mas era suficientemente forte para deixar divagar livremente algumas imagens perfeitamente dispensáveis.
Acelerei o ritmo da corrida e entrei em casa como o raio de uma trovoada.
-Edward! - exclamou Alice.
-Agora não. - disse friamente.
-Não podes continuar a fugir ao assunto! - sibilou Rosalie.
-Agora não. - voltei a repetir, agora com uma cólera contida.
-Rosalie, deixa o Edward em paz. Ele hoje sofreu mais do que tu possas sequer imaginar. Deixa-o ir pensar em paz e sossego e ele logo nos dirá o que pensa acerca do que sucedeu aqui hoje.
-Como queiras, Carlisle. Mas isto não algo que possa ser deixado para trás. Temos de tomar uma decisão.
-Nós não temos de tomar decisão nenhuma. Eu sou o único aqui que tem de tomar uma decisão e essa já está tomada. Vamos embora de Forks.
Esme soltou um arquejo e Alice congelou no meio da sala, assim como Emmett e Jasper. Carlisle olhava-me de olhos arregalados e Rosalie assumia uma expressão mais presunçosa do que um pavão. Uma expressão que ia a par dos seus pensamentos, embora não pudesse ter a certeza.
Estava demasiado entorpecido pela dor presente nas minhas próprias palavras para me concentar a fundo na mente de algum deles.
-Edward - sussurou Esme - não podemos fazer isso. A Bella tem uma vida aqui. Não podemos raptá-la ao Charlie!
Seis cabeças olharam na sua direcção, como se ela tivesse enlouquecido.
-Ela não vem connosco Esme! Nós vamos embora daqui precisamente para a deixar viver uma vida feliz humana. Já causámos estragos suficientes na vida dela. E não tens de te sentir assim, Jasper. O único culpado de tudo isto sou eu. Não quero que tenhas pensamentos desse género.
-Edward, tens a certeza que é isso que queres? Tu amas a Bella.
-Claro que a amo, Carlisle. E é exactamente por isso que vou partir. Que todos nós vamos.
-Já devíamos ter ido há muito mais tempo.- atirou Rosalie.
Ignorei-a, mas concordava com ela. Não podia negar a veracidade das suas palavras.
-Rose, já chega. - disse Emmett. Entretanto, virou-se para mim. - Edward, não faças isto. Todos nós consideramos a Bella um membro da nossa família. Um membro muito importante, demasiado importante para se perder!
-Emmett, não. Não vou continuar a expô-la ao perigo. Vamos partir. Fim da conversa.
-Então e a Victoria? - perguntou Esme. - O que faremos quanto a ela? Não podemos deixar a Bella desprotegida.
Eu lia atentamente os pensamentos da minha mãe e entendia perfeitamente quão penoso era para ela deixar Forks. Ela amava a Bella como se fosse sua filha. Tal como Alice a amava como sua irmã, sua melhor amiga. Ela chorava em silêncio, com lágrimas que não existiam, a um canto da sala. Jasper tentava apaziguá-la, mas até para ele era difícil ir-se embora.
Emmett e Carlisle estavam igualmente desesperados, mas eu não lhes ia dar ouvidos.
Nem a eles nem ao meu coração adormecido que me suplicava ardentemente que ficasse, que nunca abandonasse Bella, que a amasse para sempre...para toda a sua vida...existência. Tal como ela queria.
Contiuava a negar ao meu orgão morto tal desejo, mas a força que fazia era tanta que me atirou ao chão. Parecia agora que mo arrancavam do peito, com violência.
Todo o meu eu estava vazio. Tinham-me tirado tudo. Eu tinha-me auto-muitlado.
Sim, porque, afinal de contas, esta ideia brilhante tinha sido minha.

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Segunda-feira, 16 DE Agosto DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 6º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 6º Capítulo

 

 

Carlisle foi o primeiro a sair daquele estado de dormência. Estava mais do que habituado a lidar com sangue, no entanto, não foi o suficiente para me despregar os pés do chão.
Ele baixou-se sobre Bella que estava quase tão petrificada como nós. Os seus olhos horrorizados fitavam o meu rosto e eu perguntei-me o que veriam eles. Não fazia a mínima ideia de qual era a minha expressão. Dentro de mim, apenas havia lugar para um sentimento: fúria. Uma fúria profunda e agonizante, que me rasgava por dentro, dilacerando todos os meus órgãos adormecidos.
-Emmett, leva o Jasper lá para fora. Rose, Esme, vão com ele. Tenho que levar a Bella para o meu escritório para lhe poder limpar e coser a ferida.
O odor do sangue continuava a penetrar violentamente nas minhas narinas, mas eu tinha que me controlar. Mas a sede...
-Edward, devias ir com eles. Apanhar um pouco de ar fresco vai fazer-te bem. - recomendou Carlisle.
Sustive a respiração e a minha expressão gelou na sua direcção.
-Eu consigo. Tenho de ficar com ela.
-Edward, por favor, vem. - pediu Alice.
-Não.
-Alice, vai buscar uma toalha - pediu Carlisle. -Eu vou levá-la lá para cima.
Ela acenou com a cabeça e desapareceu.
Carisle pegou em Bella e subiu as escadas, em direcção ao escritório. Segui-os e sentei-me ao seu lado, no sofá.
-Edward. Não quero que estejas a sofrer. Vai-te embora! - pediu Bella.
Ela decerto não queria olhar para mim, o monstro que lhe provocara tanto osfrimento, mas eu tinha de ficar com ela. Eu amava-a, apesar de ter a certeza de que, para ela, esta tinha sido a gota de água.
-Edward, ouve a Bella. Tu não estás confortável aqui, filho. Devias ir procurar o Jasper. Ele deve estar a sentir-se terrível e só te dará ouvidos a ti. Tu sabes disso.
Bella olhou-me, esperançosa.
-O Carlisle tem razão, Edward. Encontra o Jasper!
Abandonei a divisão em paso de corrida e dirigi-me para fora de casa, inspirando uma grande lufada de ar fresco, vinda de Norte.
Avistei Jasper, sentado numa pedra, com a cabeça baixa. A sua mente estava tão repleta de culpa que não fui capaz de me zangar com ele. Até porque a culpa não era sua. Era minha. Eu fora o responsável por tudo aquilo, por pensar que podia incluí-la no meu mundo.
Desde cedo que a minha...consciência me tinha alertado para este desfecho, mas não lhe dei ouvidos e preferi viver num mundo faz-de-conta. Durante tempo demais.
Uns pensamentos desdenhosos e superiores desviaram a minha atenção. Rodei a cabeça na direcção dela e rugi-lhe.
-Pára com isso, Rosalie.
-Com o quê? Com a verdade? Desde sempre te avisei, Edward. Tu gostas de pensar que sabes tudo mas não sabes. Ela é humana. Como te atreveste sequer a pensar que ela podia conviver connosco? Viste bem o que aconteceu com o James na Primavera e agora isto. Estava-se mesmo a ver que, mais cedo ou mais tarde, uma catástrofe destas ia acontecer à nossa família. E a culpa foi tua.
Parte de mim admitia que ela tinha razão, mas não era necessário falar naquele tom, usar aquelas palavras cortantes como gelo. Preparei-me para saltar sobre ela, mas Emmett deteu-me.
-Edward, tem lá calma. A Rose não tem culpa. Isto está a afectar-nos a todos, sabes bem que adoramos a Bella, como se fosse da nossa família.
Rosalie fungou com desdém, mas ele ignorou-a.
Sacudi-lhe a mão que ele pousara no meu ombro e dirigi-me novamente à minha irmã.
-Se voltas a falar assim sobre a Bella, juro-te que o Emmett não me consegue deter. Ah, e tenta conter os teus pensamentos o mais possível. São ainda mais irritantes do que tu.
Ela olhou-me furiosa e eu retribui o vislumbre.
Ouvi Bella e Carlisle a descerem novamente as escadas e entrei em casa.
-É melhor eu ir para casa, o Charlie vai ficar preocupado. - disse ela.
-Eu levo-te. - não a podia deixar conduzir naquele estado.
Bella acenou com a cabeça e Alice deu-lhe o resto das prendas.
-Toma. Abre-as quando estiveres em casa. Vais adorá-las!
-Muito bem. Obrigado a todos. Até depois! - tentou sorrir, mas não lhe saiu muito bem.
-Vamos, Bella.
Empurrei-a na direcção da porta e entrámos na pick-up.

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Segunda-feira, 09 DE Agosto DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 5º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 4º Capítulo

 


-Bella, podes fazer o favor de te acalmar? É só uma festa, por amor de Deus!

Estávamos agora naquele monte de ferro velho dela, a caminho de minha casa. Enquanto conduzia, não podia deixar de sentir a tensão crescente dentro de si, que quase formava uma aura à sua volta.

-Para ti é fácil falar. Tu gostas destas coisas! Eu não tenho a mínima paciência e odeio que as pessoas percam tempo comigo! Ainda por cima no dia do meu aniversário.- a voz quebrou-se-lhe nas últimas palavras que disse.

-Não vamos voltar ao mesmo assunto, Bella.

Ela franziu o sobrolho e não replicou. Dei voltas à cabeça em busca de algo que a distraísse.

-Estás ansiosa para abrir as tuas prendas? - disse, em tom de brincadeira.

Ela soltou um silvo.

-Quê?! Edward eu disse explicitamente que não queria presentes!

Bufei, verdadeiramente exasperado.

-Bella, não é que eu ou o resto da família tenhamos grande experiência nesta área, mas parece-me que quando os humanos fazem anos é comum que as pessoas lhes dêem presentes. E é comum elas gostarem.

Ela ergueu uma sobrancelha. A sua expressão apresentava nitidamente uma máscara aborrecida, mas os seus olhos estavam divertidos quando respondeu:

-Não sei se alguma vez te deste ao trabalho de reparar, mas eu não sou alguém que se enquandra propriamente na categoria de pessoas normais.

-Sim, já reparei. E não precisas de ficar assim por causa das prendas. Eles gastaram dinheiro contigo, mas eu não.

Ela olhou-me desconfiada e eu retribui-lhe com um enorme sorriso, que logo se desvaneceu quando o ritmo do seu coração começou a acelarar perigosamente.

Estacionei o carro e olhei novamente para ela.

-Pronta?

-Nem um pouco.

Revirei os olhos.

-Tenta ser sensata, sim? Eles estão mesmo ansiosos por isto.

Saímos do carro e peguei-lhe na mão, conduzindo-a para dentro de casa.


***


-Bella, abre os teus presentes! - ordenou Alice.

Quando entrámos em casa, senti logo o pânico dela. Alice obviamente que se tinha esmerado nas decorações, fazendo com que a enorme sala fosse mais digna de uma cerimónia de casamento do que de uma festa de aniversário.

Afagara suavemente a mão de Bella e ela enfrentou o pavoroso cenário branco e cor-de-rosa de cabeça erguida.

Toda a minha família lhe tinha dado os parabéns, estando todos visivelmente contentes. À excepção de Rosalie.Claro. Lançei-lhe um olhar discreto, mas glacial e ela fingira não ver, limitando-se a sacudir o cabelo num perfeito acto de ignorância.

Emmett fizera o estardalhaço habitual e Esme e Carlisle mostravam-se deliciados. Eles também adoravam a Bella.

El dirigira alguns olhares inseguros ao imponente bolo de aniversário que condizia na perfeição com o resto da decoração, mas não lhe deu demasiada importância.

-Alice, - choramingou Bella - por favor! Eu disse que não queria nada!

A minha irmã sorriu-he em resposta.

-Claro que queres, tonta! Que humano não gosta de receber presentes?

-Eu!

-Oh! Vá, abre o meu primeiro. Acho que vais adorar.

-Claro, claro. - disse ela, enquanto pegava na caixa prateada que Alice lhe tentara dar nesse manhã.

Bella rodou-o entre as mãos, enquanto mordia o lábio. Olhou-me insegura e eu acenei-lhe com a cabeça, fazendo-lhe uma festa no rosto.

Revirou-o mais uma vez e ouviu-se um ruído cortante, seco e abafado.

Bella cortara-se com o papel e uma minúscula gota de sangue pingou do seu dedo.

O tempo parou. O meu coração viu tudo em câmara lenta, embora os meus olhos observassem a cena com uma rapidez mortífera.

Jasper arreganhou os dentes e soltou um rugido que levou os meus instintos a atingir o clímax. Os seus olhos dourados pareceram incendiar-se no momento em que o cheiro do sangue lhe penetrou nas narinas.

Foi nesse momento em que se lançou em direcção a Bella, num movimento tão rápido que nem o apanhei.

Investi contra ele e lancei-o mesmo em direcção às escadas. A sua cabeça bateu no pilar que as enfeitava e emitiu barulho trovejante, atroador.

No momento em que saltara na direcção dele, empurrei Bella em direcção à mesa de vidro, onde ela caiu e se ouviram milhares de vidros a estilhaçarem-se contra o chão.

Jasper continuava louco de sede, e agora ainda mais, quando o cheiro penetrante do sangue que jorrava agora do braço dela me fez arder a garganta como se me tivessem pegado fogo.

Emmett apressara-se a deter Jasper, agarrando-o pelas costas, enquanto ele anda o tentava atacar.

Todos os rostos da minha família estavam petrificados com o terror. Mas eu apenas conseguia dirigir o olhar na direcção dela, da rapariga que eu amava. Da rapariga que eu quase matara.


 

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Segunda-feira, 02 DE Agosto DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 4º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 4º Capítulo

 

-Como assim? - perguntei, confuso.

-Diz-me. Diz-me como seria a tua vida sem mim. -ela sorriu.- Estou apenas curiosa.

-Bella, a minha vida sem ti jamais teria sentido algum. Não consigo imaginar algo assim. Só de pensar, atormenta-me tanto que tenho de te agarrar com mais força contra mim.

Ela revirou os olhos: -És tão exagerado!

-Acredita que não sou. Durante a última Primavera, -os meus pensamentos toldaram-se, recordando aquele vempiro sádico que estivera mais do que perto de matá-la - não sabia o que havia de fazer à minha...hum...existência. Quando pensei que tu tinhas -obriguei a palavra a sair por entre dentes- morrido, pensei nas opções que tinha à minha frente. Continuar a viver não era algo que eu aceitasse. Sabia que nenhum dos membros da minha família me ajudaria a fazer o que eu queria, logo, pensei em ir até Itália e provocar os Volturi.

Esperei para ver qual seria a sua reacção, ams ela nada disse. Apenas senti o seu corpo enrigecer contra o meu. Virei o seu rosto em direcção ao meu, para decifrar a sua expressão.

Os seus olhos estavam alarmados e a testa enrugada.

-O que foi?

-O que é um Volturi?

Suspirei. Devia ter mantido a boca fechada. Não me parecia muito...correcto, estar a contar a Bella quão repleto de segredos era este mundo - muito mais do que ela imaginava.

Mas não tinha outra hipótese. Ela ficara realmente assustada.

-Os Volturi são vampiros. São os protectores do nosso modo de vida, se assim o quiseres. Suponho que podemos chamá-los de realeza. Quando algum de nós, da nossa espécie, faz algo que ponha em risco a nossa identidade, eles agem de imediato.

Ela estremeceu levemente.

-Tu já os viste. - relembrei-lhe. -Em minha casa, a primeira vez que lá foste. Recordaste do quadro do escritório do Carlisle?

-Penso que sim. Designaste-os como Aro, Caius e Marcus e disseste que o Cerlisle tinha chegado a viver algumas décadas com eles.

Acenei com a cabeça, concordando.

-Sim, lembraste bem.

Subitamente, ela pareceu ficar tensa novamente.

-Bella, o que se passa?

Ela olhou-me e pareceu ligeiramente furiosa. Agarrou-me no rosto com as duas mãos e falou:

-Edward! - a sua voz parecia sofocada- Nunca, mas nunca mais voltes a pensar em tal coisa! Não importa aquilo que me possa acontecer! Jamais te de deverias pôr em risco dessa forma por minha causa!

Revirei os olhos. - Bella, estás a ser absurda. Eu não viveria sem ti.

Ela semicerrou os olhos e olhou-me profundamente. Até que acabou por falar:

-Gostarias que eu fizesse o mesmo? Que me matasse se tu deixasses de existir? Não estou a dizer que não o faria, mas gostavas?

O meu rosto endureceu instintivamente face ás suas palavras e os meus olhos estavam gélidos. Como se atrevia ela a dizer aquilo? Era mais do que óbvio que eu a amava e que faria exactamente aquilo que lhe dissera se ela morresse - iria com ela. Mas se ela fizesse o mesmo, mesmo estando eu no mais profundo dos infernos, como iria aguentar tamanha dor sabendo que a culpa de ela acabar consigo mesma tivesse sido minha. Os medos e inseguranças que me assaltaram de manhã voltaram a povoar a minha cabeça.

Ela continuava a olhar-me fixamente, ainda à espera de uma resposta.

-As situações são completamente diferentes, Bella. Não queiras comparar algo que não tem comparação possível.

Ela olhou-me, incrédula:

-Tu podes perder-me e ir directo a um bando de vampiros sádicos que têm uma paixão qualquer pelo morticínio e se eu perco a razão da minha existência não posso fazer algo para acabar com a dor?!

Olhei-a durante um longo momento, tentando, mais uma vez, destrinçar os mecanismos da sua mente. Sem sucesso. Seria possível que aquela rapariga me amasse tanto, tanto quanto eu amava? Sempre achara que não, mas cada dia que passava com ela tinha mais a certeza...

Ao longe, ouvi o motor de um carro e calculei que fosse Charlie.

Sorri e mudei-nos de posição.

-O teu pi vem aí. É bom que lhe peças autorização para ires à festa.

Vi um brilho ligeiramente perverso nos seus olhos e logo descobri naquilo em que ela meditava. Estava com esperanças que Charlie quisesse ficar com ela no dia do seu aniversário.

Longe de mim tirar-lhe as esperanças. Mas Charlie dar-me-ia ouvidos.

 

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Segunda-feira, 26 DE Julho DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 3º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 3º Capítulo

 

 

-Olá! - saudei, baixando o olhar para a fitar directamente nos olhos.

-Olá - respondeu debilmente, num tom de voz que correspondia perfeitamente à expressão do seu rosto.

- Vais-me deixar dar-te os parabéns?

O seu frágil sorriso esmoreceu: -Preferia que não o fizesses...

-Muito bem. - não ia insistir no assunto, se isso contribuiria ainda mais para a sua infelicidade. -Vamos para a aula, sim?

-Claro. Vamos. - começou a caminhar e eu segui-a.

Mas Alice, muito descontraidamente, perguntou:

-Bella, a que horas apareces por lá?

-Apareço onde? - Bella franzia novamente o sobrolho e eu fiz o mesmo a Alice.

-Em nossa casa, tonta.

-Nunca disse que lá ia...-apertei-lhe suavemente a mão. Alice estava a passar ligeiramente dos limites, a exagerar, como sempre fazia com tudo.

-Não sejas assim - disse a minha irmã num tom azedo. - Vens connosco depois das aulas e está dito.

-Não posso. -replicou Bella- Tenho um filme para ver para a aula de Inglês, recordas-te?

-Já viste esse filme, Bella.

-Sabes bem que é outra versão...

Sentia a tensão de Bella ao meu lado; era quase palpável. Pela maneira como ela mordia o lábio, tinha a certeza de que estava eminente um ataque de choro. Tive de intervir.

-Alice, deixa a Bella ver o filme. É o seu aniversário. Levo-a por volta das oito, sim?

Alice sorriu, pacificamente. Beijou Bella no cimo da cabeça e dirigiu-se para a aula num andar esvoaçante e gracioso.

Assim que ela partiu, Bella virou-se para mim com um gemido:

-Edward, por favor não...

-Faz-lhes a vontade, por favor. Há muito tempo que não temos oportunidade de festejar o aniversário de alguém. Aliás, a última vez que o fizemos foi com o Emmet, há muitos anos atrás.

Consegui ler a resignação e a dor patente no seu olhar, enquanto encolhia bruscamente os ombros.

-Como queiras.

Sorri e empurrei-a delicadamente na direcção da porta.

 

***

 

O resto do dia correra quase sem percalços - algo inédito, quando estávamos a falar de Bella. Tirando a parte em que batera com a cabeça na ombreira da porta da sala de aula, de tão distraída que estava, não houve mais acidentes.

Estávamos agora aninhados no sofá, enquanto ela assistia àquele filme ridículo e sem qualquer cabimento.

Apenas para brincar um pouco com ela, ia-lhe sussurrando, em murmúrios suaves, as falas de Romeu, enquanto meditava sobre a nossa conversa de há pouco.

Bella continuava a implorar-me que a transformasse e refilava para si mesma acera da minha inflexibilidade.

Ela não conseguia entender o porquê de eu não o poder fazer. Jamais admitiria à sua frente o quanto eu desejava que isso acontecesse, caso contrário, nunca mais me largaria.

Mas eu não queria roubar-lhe a vida. Não queria que ela abdicasse de coisa alguma por mim, principalmente de ser humana.

Não a iria privar de nada, não nesse sentido.

Ouvi-a fungar.

-Estás a chorar? -murmurei.

Ela respondeu-me num tom embargado:

-Apenas para teu divertimento, certo?

Revirei os olhos. Às vezes ela conseguia sertão absurda. Quando ela dizia coisas deste género, eu ficava louco. O que eu não dava para conseguir auscultar a sua mente silenciosa! Perguntava-me frequentemente porque era ela assim.

Geralmente fazia-o quando ela não me podia ver. Por vezes tinha medo que ela pensasse que eu não a amava verdadeiramente, que apenas a visse como uma espécie de...experiência. Mas, mais uma vez, não podia ter a certeza.

Beijei-a na cabeça.

-Tonta.

-Eu sei…

-Mas o que seria de mim sem ti? -perguntei, retoricamente.

No entanto, ela respondeu-me,

-Não sei. - atirou. - Diz-me tu.

 

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Segunda-feira, 19 DE Julho DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 2º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 2º Capítulo

 

 

-Alice...-murmurei mais uma vez - não achas isto um perfeito exagero? -enquanto falava, deixei o meu olhar percorrer novamente a enorme sala, agora decorada a preceito para a festa. Milhares de rosas e velas cor-de-rosa e brancas espalhavam-se livremente por toda a divisão. - A Bella decerto não irá gostar nada, tu conhece-la bem!

A minha minúscula irmã encolheu os ombros, desvalorizando por completo a situação.

-Ela vai adorar, tenho a certeza! - o seu entusiasmo era demasiado difícil de reprimir.

Limitei-me a abanar a cabeça e sentei-me no sofá, observando com ar absorto o ecrã plano que transmitia agora as notícias.

Alice estava ocupada a colocar as últimas rosas nas taças de vidro. Não pensava em nada de especial, apenas na perfeita organização da festa.

Mas captei algo...

-Não - acabei por responder.

Ela franziu o sobrolho: -Então quando é que eles chegam?

-Só às três e meia. Falei com o Emmet ontem. Está a tentar refrear o mau humor da Rosalie, e não está a ser fácil. Vêm a correr de Olympia até cá.

-Muito bem.

A vinda de Emmet e Rosalie ao aniversário de Bella deixava-me ligeiramente stressado. Eu sabia que ela tinha saudades do meu irmão, mas não tinha a certeza quanto a Rosalie e ao seu comportamento...ela aterrorizava Bella e isso deixava-me furioso. Teria de arranjar maneira de lhe dar a notícia com calma e de dizer a Emmet que controlasse Rosalie durante a noite de hoje.

-Vamos para a escola? - perguntou Alice subitamente.

-Claro.

Dirigimo-nos para a garagem e entrámos no Volvo.

Chegámos num instante e saímos do carro assim que estacionei. Verifiquei que Bella ainda não tinha chegado. Encostei-me ao carro, esperando ansiosamente a sua chegada.

Entretanto, Alice abriu a mala e retirou de lá um pequeno embrulho prateado.

-Alice, não me parece que seja a melhor das ideias fazeres is...

Alice semicerrou os olhos e respondeu-me com azedume.

-Não me chateies, Edward! São os anos dela e ela vai gostar, de uma maneira ou de outra.

Ergui uma sobrancelha, mas deixei passar. Nesse preciso momento ouvi, ao longe, um barulho ensurdecedor que pertencia de certeza à pick-up de Bella.

Irritava-me profundamente que ela não me deixasse comprar-lhe um carro novo. Simplesmente não entendia o que via ela naquele monte de sucata velho e barulhento. E a velocidade a que aquilo andava era um insulto às outras viaturas decentes.

Por fim, demasiado tempo depois, Bella estacionou e saiu do carro. A sua expressão assustou-me. O seu rosto estava apático, mas os seus olhos estavam tristes...assustados.

Todos os dias da minha miserável existência, desde que a conhecera, que desejava que ela caísse em si, se apercebesse do monstro deplorável que eu era e saísse a correr, aos gritos.

Não me sentiria admirado, apenas desiludido. Desiludido porque, por mais que desejasse que isso acontecesse, tinha pavor que tal sucedesse, pavor de a perder, de nunca mais sentir o seu cheiro, ouvir o som da sua voz, olhar para o seu rosto, sentir o calor que emanava da sua pele.

-Parabéns, Bella! - a voz chilreante de Alice interrompeu os meus devaneios. Olhei na sua direcção.

Ela e Bella caminhavam, a uma velocidade muito humana, para junto de mim. Bella estava a franzir o sobrolho para Alice e mandou-a calar, ao mesmo tempo que olhava em volta, verificando se alguém tinha dado mostras de estar a par da notícia.

Sorri-lhe e ergui uma sobrancelha. Ela retribui-me com um sorriso melancólico e agarrou a mão que eu lhe estendera.

 

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Segunda-feira, 12 DE Julho DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 1º Capítulo

"Reminescence" - Mariana - 1º Capítulo

 

Olhei na direcção do rio que atravessava a densa floresta e saltei para o lado oposto.

Inspirei profundamente e, misturado com uma imensa miscelância de cheiros, chegou-me o odor de algo quente, potente e saboroso, pulsando freneticamente nas veias de um animal, não muito longe dali.

Sangue.

Senti chamas em brasa na minha garganta seca e sendenta, implorando-me por alimento. Entreguei-me por completo aos meus sentidos, deixando os instintos guiarem a caçada - arreganhei os dentes e desatei numa corrida desenfreada, movendo-me à velocidade da luz, sem qualquer som que provasse que eu estava em andamento.

Cheguei à margem norte do rio e ocultei o meu corpo por detrás de um enorme tronco, com os olhos pregados na manada de alces que bebia água, calmamente. O odor do sangue voltou a impregnar-se no ar e subiu pelas minhas narinas, fazendo a minha garganta gritar novamente de sede.

Agachei-me, rosnei e projectei o meu corpo num salto gracioso, mesmo em direcção ao maior macho e parti-lhe o pescoço. Cravei os dentes na garganta da carcaça e suguei todo o seu sangue para dentro de mim, sentindo-o a inundar cada extremidade do meu ser.

Sentia-me quase quente por dentro.

Quando terminei, atirei-me a mais um, desta vez uma fêmea, e repeti o processo.

Sentia-me praticamente saciado, mas lembrei-me subitamente de algo.

Ia estar com Bella, logo, todo o cuidado era pouco.

Suspirei, agachei-me novamente e projectei-me noutro salto para a outra margem do rio, em busca de mais alimento.

Não me deu qualquer prazer alimentar-me de novo.

Apenas me sentia enfastiado. Mas era tudo pela segurança dela...

Suspirei novamente.

Bella.

Era incrível como a simples menção do seu nome despertava tal turbilhão de sensações no meu corpo morto.

Tinha-me apaixonado por ela de uma forma irracional, impossível, quase.

Nunca, em toda a minha existência, durante tantas noites sem dormir e após tantos dias de eternidade, que isto me pudesse acontecer.

Eu era um ser pleno, com paz suficiente para viver sem incomodar ninguém.

No entanto, no dia em que a conheci...algo pareceu despertar dentro de mim. E ela era… humana.

Bella fascinava-me.

Cada vez que a via, o meu coração eternamente parado parecia ressuscitar e bater com toda a força dentro do meu peito.

Sorri com ironia. Amava-a com todo o meu ser e despedaçava-me por dentro ter de me controlar tanto quando estava com ela. Era doentio amá-la tanto e, ao mesmo tempo, querer sugar-lhe a vida.

Por minha causa, por causa do que eu era, cada minuto que ela passava comigo era um perigo, uma ameaça à sua vida.

Enraiveci-me e dei um murro numa rocha que se desfez em mil pedaços que voaram à altura das árvores, apenas para voltarem a cair suavemente sobre mim.

"Controla-te", pensei.

Inspirei com força e voltei a deixar sair o ar.

Tinha de me acalmar. Hoje era o aniversário de Bella e eu conseguia perceber que isso a perturbava profundamente.

Envelhecer, enquanto eu continuava congelado, sem nunca avançar.

Mas eu não iria fazer o que ela queria, jamais a iria condenar a uma vida de imortal, por mais que ela implorasse.

A raiva começou a aflorar novamente no meu peito e comecei a correr em direcção a casa, onde Alice decerto estaria ocupada a preparar a festa.

Bella iria ficar fula, mas eu não conseguiria travar Alice mesmo que quisesse. Acelarei mais e dei um salto.

Estava em casa.

 

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Segunda-feira, 05 DE Julho DE 2010

Fanfic: "Reminescence" - Mariana

Como já podem ter reparado (se não repararam comecem a olhar com mais atenção) temos há algum tempo um espacinho no nosso blog, na barra lateral, para Fanfics, dizendo 'EM BREVE'. Bem, em breve nada, porque chegou o dia. A primeira fanfic que vos trazemos foi feita pela Mariana e chama-se Reminescence. Pequeno detalhe: é contada do ponto de vista do Edward. Aqui fica o prólogo da fanfic, um cheirinho do que poderão agora encontrar ás segundas-feiras.

 

O Sol ofuscante estava cada vez mais perto de mim.

Eu avançava, lentamente, na sua direcção.

Estava ansiosamente à espera que este atingisse o ponto central do céu para que eu pudesse, finalmente, expor-me à luz que dele emanava, para que depois viessem ao meu encontro e acabassem de vez com este sofrimento excruciante que me corroía por dentro e ameaçava matar-me de uma forma bem pior.

A minha existência já não fazia qualquer sentido, eu já não estava a fazer nada neste mundo.

Talvez se eu nunca a tivese deixado, as consequências que os meus actos provocaram não nos tivessem conduzido até este ponto.

Mas, se eu não o tivesse feito, talvez ela já estivesse morta há muito mais tempo. Talvez.

Engraçado como tudo parece ser feito de hipóteses e decisões de uma das opções, e nada feito com espontaneidade, sempre com cada passo calculado antes de ser realmente dado.

De repente, ao longe, ouvi um grito surdo, transbordando de sofrimento, chamando por mim. Não reagi. O mais certo era tratar-se de um mero descuido da minha mente.

Continuei, à espera.

Vindo do nada, um corpo humano embateu contra o meu peito e levantou o rosto, olhando-me profundamente, escrutinando a alma que eu não tinha.

 

Não percam, na segunda-feira, o 1º capitulo desta fanfic!

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publicado por mrsCullen às 21:02