Fanfic: "Reminescence" - Mariana - 1º Capítulo
"Reminescence" - Mariana - 1º Capítulo
Olhei na direcção do rio que atravessava a densa floresta e saltei para o lado oposto.
Inspirei profundamente e, misturado com uma imensa miscelância de cheiros, chegou-me o odor de algo quente, potente e saboroso, pulsando freneticamente nas veias de um animal, não muito longe dali.
Sangue.
Senti chamas em brasa na minha garganta seca e sendenta, implorando-me por alimento. Entreguei-me por completo aos meus sentidos, deixando os instintos guiarem a caçada - arreganhei os dentes e desatei numa corrida desenfreada, movendo-me à velocidade da luz, sem qualquer som que provasse que eu estava em andamento.
Cheguei à margem norte do rio e ocultei o meu corpo por detrás de um enorme tronco, com os olhos pregados na manada de alces que bebia água, calmamente. O odor do sangue voltou a impregnar-se no ar e subiu pelas minhas narinas, fazendo a minha garganta gritar novamente de sede.
Agachei-me, rosnei e projectei o meu corpo num salto gracioso, mesmo em direcção ao maior macho e parti-lhe o pescoço. Cravei os dentes na garganta da carcaça e suguei todo o seu sangue para dentro de mim, sentindo-o a inundar cada extremidade do meu ser.
Sentia-me quase quente por dentro.
Quando terminei, atirei-me a mais um, desta vez uma fêmea, e repeti o processo.
Sentia-me praticamente saciado, mas lembrei-me subitamente de algo.
Ia estar com Bella, logo, todo o cuidado era pouco.
Suspirei, agachei-me novamente e projectei-me noutro salto para a outra margem do rio, em busca de mais alimento.
Não me deu qualquer prazer alimentar-me de novo.
Apenas me sentia enfastiado. Mas era tudo pela segurança dela...
Suspirei novamente.
Bella.
Era incrível como a simples menção do seu nome despertava tal turbilhão de sensações no meu corpo morto.
Tinha-me apaixonado por ela de uma forma irracional, impossível, quase.
Nunca, em toda a minha existência, durante tantas noites sem dormir e após tantos dias de eternidade, que isto me pudesse acontecer.
Eu era um ser pleno, com paz suficiente para viver sem incomodar ninguém.
No entanto, no dia em que a conheci...algo pareceu despertar dentro de mim. E ela era… humana.
Bella fascinava-me.
Cada vez que a via, o meu coração eternamente parado parecia ressuscitar e bater com toda a força dentro do meu peito.
Sorri com ironia. Amava-a com todo o meu ser e despedaçava-me por dentro ter de me controlar tanto quando estava com ela. Era doentio amá-la tanto e, ao mesmo tempo, querer sugar-lhe a vida.
Por minha causa, por causa do que eu era, cada minuto que ela passava comigo era um perigo, uma ameaça à sua vida.
Enraiveci-me e dei um murro numa rocha que se desfez em mil pedaços que voaram à altura das árvores, apenas para voltarem a cair suavemente sobre mim.
"Controla-te", pensei.
Inspirei com força e voltei a deixar sair o ar.
Tinha de me acalmar. Hoje era o aniversário de Bella e eu conseguia perceber que isso a perturbava profundamente.
Envelhecer, enquanto eu continuava congelado, sem nunca avançar.
Mas eu não iria fazer o que ela queria, jamais a iria condenar a uma vida de imortal, por mais que ela implorasse.
A raiva começou a aflorar novamente no meu peito e comecei a correr em direcção a casa, onde Alice decerto estaria ocupada a preparar a festa.
Bella iria ficar fula, mas eu não conseguiria travar Alice mesmo que quisesse. Acelarei mais e dei um salto.
Estava em casa.
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